quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Combate da Exploração Sexual

Hoje iremos falar sobre uma verdadeira epidemia que esta acontecendo no meio turístico, a Exploração Sexual.

Alguns pesquisadores, a mídia anunciam a exploração sexual como se fosse um novo segmento do turismo, mas muitos pesquisadores renomados do setor turístico e profissionais da área acreditam que a exploração sexual seja o resultado do mal planejamento turístico: a falta de preparação para receber os turistas, a falta de qualificação profissional destas pessoas para que possam se inserir no mercado de trabalho, a falta de legislação em certos lugares ou até mesmo a negligencia das autoridades locais que deveriam estar protegendo essas pessoas, mulheres, homens, meninas e meninos que são recrutados para este fim.

Talvez a culpa maior seja do marketing que o Brasil lançou na década de 80 que mostrava o Brasil em três atrativos principais: o futebol, a Praia (com lindas mulheres semi-nuas), e o carnaval (com imagens de mulheres semi-nuas também que aumenta o libido dos homens cada vez mais). Ou talvez das nossas novelas que são exportadas pelo mundo a fora, que sempre mostram mulheres que ganham a vida se prostituindo faturando vários mil por mês, e casas de cafetina onde as garotas sempre estão alegres, lindas e de bem com a vida, como se a vida profissional que levasse fosse um carreira normal, sem riscos a saúde, e sem riscos ao próprio bem estar.

Mas a última certeza que temos é que esta “epidemia” esta entre todos lugares do nosso país. No estado de Mato Grosso (MT), a Policia Rodoviária Federal, tem mapeado mais de 100 pontos vulneráveis a exploração sexual  de crianças e adolescentes, localizados em áreas urbanas e rurais ao longo dos municípios do Estado.

Dentro dos pontos estão locais como: bares, lanchonetes, lugares com movimentação de profissionais do sexo e de concentração de caminhoneiros, hotéis e até mesmo balneários, estes pontos estão localizados entre mais de 30 municípios.  Segundo o Diário de Cuiabá (Edição 12318 16/01/2009) apresenta  que a Universidade de Brasília (UNB) mapeou o comportamento sexual dos caminhoneiros indicando que 76% buscaram o sexo na rodovia, a maior parte dos entrevistados eram de MT e RO.

Embora que existam Leis, Instituições e órgãos  que combate a exploração sexual dentro do estado de Mt, o número de casos vem aumentando a cada dia que passa. De janeiro a abril de 2011, a Polícia Judiciária Civil recebeu 909 notificações de crimes contra menores em Cuiabá. Dos registros, 270 ocorrências foram para os crimes sexuais envolvendo a maioria crianças até 12 anos. A maior comunicação foi de estupro de vulnerável, com 70 registros, estupro (48), tentativa de estupro (16), favorecimento à prostituição (12), corrupção de menores (21). Do total de registros de violência infanto juvenil, 30% são de crimes sexuais.

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado em parceria com a Segurança Pública (SESP) vai ajudar a fortalecer as ações de combate aos ilícitos trabalhistas em suas piores formas, incluindo a exploração sexual de crianças e adolescentes (Deddica). As denuncias de violência sexual podem ser feitas nos Conselhos Tutelares, nas Delegacias da Policia Civil e pelo disque denuncia, 197. Podendo procurar diretamente nas Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

Dê uma olhada no vídeo a seguir que demonstra a realidade de vários lugares do Brasil. O problema está cada vez mais grave no território brasileiro, e se não fazermos algo rápido e agora… poderemos nos revelar uns monstro.

Fonte:

http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=337097

http://www.lindinalvarodrigues.com.br/materias.php?subcategoriaId=8&id=1293&pagina=1&

http://www.youtube.com/watch?v=NMfCGuPkW_U&feature=related

sábado, 2 de julho de 2011

Comunidade de Bom Sucesso de Várzea Grande/ MT.

A comunidade de Bom Sucesso localizada a 8 km do centro de Várzea Grande/ MT, o acesso é feito pela rodovia dos imigrantes, a comunidade possui cerca de 120 pescadores, e suas famílias distribuídas ao longo do rio. Na via principal de acesso a comunidade é paralela ao rio com cerca de 200 metros, estão fixadas propriedades que se tornaram peixarias.

Com o incentivo dado pelo governo municipal junto com o SEBRAE/MT, através da criação Rota do Peixe, que consiste num roteiro baseado na exploração do peixe e ao fundo dos estabelecimentos se encontra as residências dos proprietário, gerou emprego e renda para os moradores, pois antes para ter um emprego precisaria de ir para Várzea Grande e Cuiabá.

Na comunidade são encontrados 9 restaurantes, todos servindo o mesmo cardápio, podemos ate imaginar que seja muitos restaurantes num pequeno espaço, mas nos finais de semana e feriados falta espaços no restaurante para atender a demanda.   

E com a crescente demanda na comunidade está havendo um resgate e valorização da cultura local, pois, os jovens e os mais idosos voltaram a resgatar as antigas receitas que os antepassados deixaram, como fabricação de variados tipos de doces como: rapadura, doce de mamão, caju entre outros, que são vendidos na própria frente de casa e nos restaurantes. Vale a exaltar que uma das moradores (Dona Guti) chegou a participar no programa da Ana Maria Braga, mostrando a elaboração do doce.

Mas os atrativos não ficam apenas na gastronomia, vai no processo histórico, nas falas e nas marcas que estão expostas na comunidade como: os antigos engenhos, casas antigas, no folclore da comunidade e nas longas e boas conversas dos idosos.

Na comunidade há grandes necessidades, da sua infra-estrutura aos recursos turísticos como qualquer outro lugar do Estado, exemplo: posto de saúde, transporte público que passa poucas vezes ao dia, rede de esgoto, para que os dejetos não sejam jogados diretamente ao rio, e mais cursos de qualificação profissional para a comunidade.

A comunidade encontrou no turismo um instrumento de prosperidade socioeconômico. A comunidade local está tendo a oportunidade de crescer socioeconomicamente, através das peixarias, vendas de doces e artesanatos, resultando na valorização da cultura local que estava em declínio.

Fonte: IBGE e na pesquisa in foco realizado em 2009 e 2011.

P1100238                                           Entrada  da Comunidade

P1100241                        Placa de Sinalização Turística da Comunidade

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                               Avenida principal da comunidade

 

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Registro das conversas com uma moradora quando esperava o ônibus.

 

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                   Doces em exposição para venda, Casa da Dona Guti.

 

P1100261                    Engenho antigo, ainda é feito doce de rapadura no local

 

PICT0133         Lixo no quintal de uns dos Restaurantes.

 

PICT0120              Os moradores no engenho.

 

PICT0111            Na produção da rapadura.

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